‘Está seguro, fora de Israel’, diz irmão de Alok sobre situação do pai após ataques em rave

10 out 2023
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Bhaskar é filho do DJ Juarez Petrillo, que estava no festival Universo Paralelo durante ataque do Hamas. O DJ Bhaskar.

Divulgação

Juarez Petrillo, pai do DJ Alok, que estava no festival de música eletrônica Universo Paralello em Israel durante os ataques do último sábado (7), está bem e em segurança, segundo outro filho dele, o também DJ Bhaskar.

"Fiquei em choque nos últimos dias. Uma guerra é sempre uma tragédia, mas acontecer onde estão seus familiares e amigos é um verdadeiro pesadelo. Não consigo imaginar a dor de viver com isso durante tantos anos, como os israelitas e os palestinos tiveram de fazer. Estou arrasado com as mortes e não consigo parar de pensar que quase aconteceu com meu pai", afirmou.

"Meu pai está seguro, fora de Israel, mas todos precisamos de tempo para processar tudo o que aconteceu. Eu só desejo que essa loucura acabe logo. Que Deus conforte os corações de todas as famílias afetadas pela guerra", completou.

Irmão de Alok se manifesta pelas redes sociais.

Reprodução/ Instagram

A rave ocorreu perto da fronteira com a Faixa de Gaza e foi um dos principais alvos do grupo terroristas Hamas, que atacou Israel e deixou pelo menos 260 mortos na região do festival.

A DJ Ekanta Jake – mãe dos DJs Alok e Bhaskar – também se manifestou sobre o ataque.

“Não tenho palavras para descrever o sentimento de muita dor de ter tantos de nós mortos, sequestrados, torturados. Que tristeza! Que tragédia”, disse Ekanta.

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Postagem nas redes sociais da DJ Ekanta Jake – mãe dos DJ Alok e Bhaskar - sobre os ataques ao festival Universo Paralello em Israel.

Reprodução/Instagram

“Estou arrasada com tudo o que está acontecendo em Israel. Todas as minhas orações para os desaparecidos, para o povo da região que é vítima dessa guerra e para os familiares que estão enfrentando muita dor neste momento”, escreveu.

Ekanta Jake foi uma das idealizadoras do Universo Paralello ao lado do ex-marido, Juarez Petrillo – o DJ Swarup – atual dono do festival.

A DJ Ekanta Jake – mãe dos DJs Alok e Bhaskar.

Reprodução/Instagram

Após o fim da pandemia, o festival que nasceu no Brasil aportou em outros países, como México, Espanha e Israel. Nas edições do México e Espanha, a própria Ekanta Jake foi uma das atrações do evento.

“A música sempre me proporcionou momentos incríveis de união, amor, felicidade e positividade. Todas as minhas orações para os desaparecidos, para o povo da região que é vítima dessa guerra e para os familiares que estão enfrentando muita dor neste momento. (...) Na alquimia da tristeza nos cabe a união pela paz e a luta pela dança da Vida”, escreveu a DJ nesta segunda (10), após a divulgação da notícia sobre o ataque terrorista.

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Universo Paralello

Nas redes sociais, a organização brasileira do Universo Paralello publicou uma nota sobre o ataque em Israel.

"Estamos profundamente chocados com os últimos acontecimentos em Israel envolvendo ataques simultâneos sem precedentes em diversas regiões do país pelo Hamas. Como muitos de vocês sabem, o evento 'Tribe of Nova edição Universo Paralello' estava sendo realizado na região Sul, próximo à Faixa de Gaza no último dia 6, um dos lugares atacados", diz o comunicado.

"Israel é reconhecida mundialmente por grandes eventos de música eletrônica e o local é conhecido por realizar diversos deles, tendo no dia anterior acontecido um festival com o mesmo perfil no mesmo local."

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Festa brasileira com marca licenciada

O evento criado pelos pais de Alok conta com vários dias de duração, e o público costuma ficar acampado no local, em uma área de camping na praia. Os DJs apresentam vertentes variadas da música eletrônica, como o psytrance.

Segundo a organização da rave brasileira, a marca costuma ser licenciada para outros países, com uma produtora local responsável pela organização e pela contratação dos artistas.

O festival já aconteceu em países como a Índia, em 2015, e na França, em 2016, e entre 2022 e 2023, foram realizadas edições na Argentina, Espanha, Portugal, Tailândia e México. Esta festa foi a festa primeira a acontecer no Oriente Médio e recebeu o nome de Tribe of Nova. Petrillo foi um dos DJs contratados para a edição israelense.

Universo Paralello no Brasil em fotos nas redes sociais

Reprodução/Instagram

Em várias declarações nas redes sociais, a DJ Ekanta Jake contou que foi a responsável por introduzir o ex-marido no universo da música psytrance, enquanto morava com os dois filhos na Holanda – Alok e Bhaskar, apesar de já estarem separados.

Na volta ao Brasil, Ekanta fez a primeira festa com o nome Universo Paralello no Rio de Janeiro, em outubro de 1998. Mais tarde ela foi levada a Goiás pelo ex-marido, em 2000, onde foi organizada na Fazenda Água Fria, na Chapada dos Veadeiros.

“O nome Universo Paralello veio de um amigo nosso, que foi padrinho do nosso casamento: o Silvinho Romano. Ele tinha uma fazenda em Goiás e o sonho dele era criar um festival. Ele tinha um sonho de criar um festival que rolasse música, gastronomia, moda e performance. E esse nome veio dele. Ele faleceu e o Juarez continuou com o nome. E a gente sempre levou esse nome”, contou ao canal Time do Talk.

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'Estou em choque'

O DJ Swarup filmou o momento em que o festival foi interrompido após o ataque do Hamas, em Israel. O vídeo postado em rede social por ele mostra fumaça no céu e as pessoas se movimentando no local.

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"Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir… depois conto mais detalhes", escreveu Petrillo.

"Surreal! [...] Já estava no palco para tocar. Espiritual demais! Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que fazer dizer", escreveu. "Helicópteros!! Explosões. Acabou a luz elétrica!! Bizarro!! Guerra !! Muito triste."

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FONTE: G1 Globo


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