‘GIFs são cringe’: site de imagens animadas diz que saiu de moda e pede para ser vendido à dona do Facebook

19 set 2022
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Giphy acredita que novas gerações veem GIFs como ferramentas antiquadas e tenta conseguir aval de agência antimonópolio do Reino Unido para completar venda à Meta.

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Giphy

Em mais um capítulo da batalha judicial em torno de sua venda à Meta, a Giphy relatou à Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês), do Reino Unido, que a nova geração não vê com bons olhos os GIFs.

"Eles caíram de moda como forma de conteúdo, com usuários mais jovens em particular descrevendo GIFs como 'para boomers' e 'cringe' " , escreve a Giphy, em um dos documentos da disputa judicial.

A empresa é um site popular especializado em armazenar arquivos desse tipo.

Para provar o ponto e garantir sua venda por US$ 400 milhões, a Giphy mostra no mesmo documento reportagens e tweets com brincadeiras sobre como GIFs são antiquados, bregas e usados por pessoas mais velhas.

"Eu acabei de aprender a usar GIFs para reagir e os adolescentes agora estão me informando que GIFs são 'cringe'", relata um dos usuários nas postagens citadas.

O site ainda relata que viu a busca e upload de GIFs caírem entre outubro de 2020 e maio de 2022 — a dimensão da queda, no entanto, não é revelada no documento.

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Processo de compra

Em 2020, a Giphy foi comprada pela Meta, controladora do Facebook. O negócio começou a ser investigado pela CMA, que no ano seguinte determinou que a controladora venda a Giphy.

A justificativa do órgão foi que o acordo permitiria à empresa "aumentar seu já significativo poder de mercado". Dessa forma, a gigante da tecnologia poderia negar ou limitar o acesso de outras plataformas ao Giphy e direcionar o tráfego para sites geridos pelo Facebook.

Meses depois, a venda compulsória foi suspensa pelo Tribunal de Apelação da Concorrência do Reino Unido. Com a volta do processo, a Giphy tenta convencer a CMA a manter sua venda à Meta.

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Apelação

Além de dizer que os gifs saíram de moda, a Giphy relata ao tribunal que nesse ponto talvez não existam mais candidatas que entrariam no negócio para tirar da Meta a biblioteca de GIFs.

A empresa também cita que, caso a compra seja impedida pela CMA, a agência poderia atrapalhar a Giphy contra competidores, já adquiridos por outras gigantes, como Tenor (da Google) e Gifycat (Snapchat).

"Será imperativo que a CMA considere a adequação do potencial comprador proposto com muito cuidado para garantir que o comprador tenha os fundos, conhecimento do mercado e estrutura de gerenciamento para permitir que a GIPHY comece a reconstruir e competir vigorosamente", completou a Giphy.

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FONTE: G1 Globo


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