Metade dos vídeos do TikTok sobre baby boomers apresenta essa geração de forma negativa

08 ago 2023
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Representação reforça estereótipos e alimenta hostilidade dos mais jovens Desde o seu lançamento, em 2016, o TikTok tornou-se o queridinho dos jovens – e, infelizmente, vem contribuindo para alimentar o preconceito contra a geração baby boomer, hoje na casa dos 60 e 70 anos. É o que mostra estudo realizado por pesquisadores da National University of Singapore, que analisou 673 vídeos com as hashtags #Boomer e #OkBoomer que totalizaram 5,4 bilhões de visualizações: 49,3% eram etaristas.

TikTok: vídeos contribuem para alimentar o preconceito contra os mais velhos

Franck, Unsplash, CCO

Em 2019, a expressão “Ok, boomer” viralizou nas redes sociais como um “carimbo” negativo, segundo o qual a geração nascida no período compreendido entre o fim da Segunda Guerra Mundial e o comecinho da década de 1960 era um empecilho ao avanço do discurso politicamente correto, principalmente no que diz respeito a gênero e sexualidade. Para que todos se beneficiem da riqueza que é a convivência intergeracional, é importante identificar e combater os estereótipos.

As pesquisas sobre o preconceito normalmente se baseiam em questionários, enquanto a análise dos vídeos possibilitou avaliar melhor a representação dos mais velhos. Em resumo, os baby boomers arruinaram a economia (inviabilizando o sucesso profissional de quem tem menos de 40 anos) e o meio ambiente (com boas chances de comprometer a existência da espécie humana). Também são retratados como indivíduos desrespeitosos que tratam os jovens como viciados em tecnologia, hipersensíveis (“cheios de mimimi”) e obcecados por si mesmos.

O estudo, publicado na revista científica “PLOS One” no começo do mês, utilizou um software de reconhecimento facial para identificar millenials e integrantes da geração Z – pessoas na faixa entre os 15 e 40 anos – que realizaram os vídeos. Para o professor Reuben Ng, que liderou o projeto, nos últimos 50 anos a percepção do envelhecimento mudou muito: “Hoje o preconceito é pervasivo e se propaga nas redes”.


FONTE: G1 Globo


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