Ne-Yo mostra com quantos hits de rádio FM se faz um show inesquecível no The Town

07 set 2023
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Foram seis, bem espalhados pelo setlist do cantor americano. Ele ainda cantou outras músicas conhecidas, mas decepcionou na parte com sucessos feitos para Rihanna e Beyoncé. The Town: Ne-Yo canta hit 'So Sick'

Surgido no final da primeira metade dos anos 2000, Ne-Yo sintonizou o público do The Town nas rádios FM da época que tanto tocaram os hits do cantor americano na década retrasada.

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No Palco The One, o segundo maior do festival paulistano, o cantor de pop suingado fez show com som estourado. Nos dois sentidos: a pressão sonora fez muita gente coçar o ouvido; e os sucessos nostálgicos fizeram quase toda a plateia dançar. Em alguns pontos, o barulho passou da casa de 95 decibéis, comparável ao de uma motosserra.

"Para quem não me conhece, sou o Ne-Yo, muito prazer em conhecê-los. Para quem conhece, muito prazer também", diz o cantor de 43 anos, ainda no começo do show desta quinta-feira (7).

As interações com os fãs e os passos são todas muito bem ensaiadas. Tudo é bem marcadinho, coisa de popstar que um dia já foi apontado como "herdeiro de Michael Jackson", o amaldiçoado rótulo também já colado em Chris Brown e Justin Timberlake.

Shaffer Chimere Smith, nome real do cantor, sabe bem o que faz. Ele salpica hits pelo repertório: "Because of you" e "Ms. Independent" mais no começo; "Sexy love" e "So sick" no meio; "Give me everything" e "Time of your lives" no fim.

No geral, gasta pouco tempo com tanto lenga-lenga. Há apenas um "concurso" em que mulheres da plateia (pré-selecionadas, para não truncar a performance) dançam com ele durante "Push Back".

Cheio de grooves e de sucessos, ele entrega até uma parte com músicas compostas para outros artistas. É o momento mais picareta do show. Em vez de criar arranjos e cantar as músicas ao vivo com sua banda, ele fica apenas berrando "Você conhece essa música?".

Em vez de performar, só quer saber de tirar vantagem por ser o coautor de "Take a bow", de Rihanna, e "Irreplaceable", de Beyoncé, por exemplo.

Não foi a primeira vez dele no Brasil. Em 2014, Ne-Yo dançou ao som da Timbalada quando cantou no Festival de Verão de Salvador e se enrolou em uma bandeira do Grêmio no festival Planeta Atlântida.

Desta vez, dispensou um pouco esse tipo de papagaiada e se entregou à nostalgia soul romântica radiofônica.

O público foi junto. Se Ne-Yo não estiver no palco principal do The Town 2025, mudo meu nome para Neyozinho Lorentz.


FONTE: G1 Globo


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