Participante de ‘Casamento às cegas’ diz que sofreu abuso sexual durante gravação e processa produção

06 out 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

Tran Dang deixou gravações da quinta temporada. Criador do programa, Chris Coelen, diz que empresa não foi avisada da acusação. Imagem promocional de 'Casamento às cegas'

Divulgação

Uma participante da quinta temporada do reality show americano "Casamento às cegas" processou as produtoras responsáveis pelo programa. Ela diz sofreu abuso sexual durante as gravações e que a produção gravou o momento, mas não agiu para interromper o ataque.

O processo é movido por Tran Dang. Além da negligência durante o abuso, ela acusa a Kinetic Content e a Delirium TV de cárcere privado.

Na ação, ela afirma que foi abusada por outro participante, Thomas Smith, que tinha se tornado seu noivo durante a produção. No programa, desconhecidos conversam e muitas vezes pedem os parceiros em casamento antes de se verem pela primeira vez.

Dang diz que o abuso aconteceu no México, em maio. "Smith, sem o consentimento da senhorita Dang, a apalpou à força, expôs a própria nudez e fez contatos sexuais repetidas vezes apesar das objeções diretas dela", afirma o processo.

"Por causa da vigilância 24 horas dos participantes, a maior parte desses eventos traumáticos, se não todos, foram provavelmente gravados."

Segundo ela, a produção ignorou suas acusações. Um produtor assistente chegou a dizer que a culpa era dela por não falar de forma efetiva com Smith ou não levar o relacionamento a sério.

Ela afirma ainda que ficou em cárcere por duas semanas durante as gravações, sem celular ou forma de se comunicar com o mundo. Dang deixou as gravações depois do abuso. Ela e Smith não foram incluídos na temporada.

O criador do programa, Chris Coelen, negou as acusações à revista "People".

"Se qualquer pessoa viesse até nós e dissesse que se sentia insegura de qualquer forma, nós imediatamente os removeríamos do experimento e falaríamos com eles, tentando descobrir a verdade", afirmou ele. "Infelizmente, neste caso, esse tipo de sentimento nunca foi acusado para nós de qualquer forma, nem qualquer coisa errada nos foi avisada em momento algum."

Ele também afirmou que as alegações de Dang são "absurdas", já que participantes podem entrar e saírem da produção quando quiserem.

Essa não é a primeira acusação contra o programa. Em 2022, o participante Jeremy Hartwell, da segunda temporada, processou a plataforma de vídeos Netflix por "condições de trabalho desumanas". Além dele, colegas da mesma temporada, Nick Thompson e Danielle Ruhl afirmaram que não receberam apoio com problemas de saúde mental.


FONTE: G1 Globo


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO