Satélite promete conectar e aumentar produtividade de fazendas sem wi-fi ou sinal de celular; entenda

12 dez 2023
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Projeto criado por estudantes do Inatel, em Santa Rita do Sapucaí (MG), conquistou 1º lugar na Olimpíada Brasileira de Satélites. Ideia é fazer o monitoramento do plantio, medições de temperatura, PH do solo para os agricultores. Entenda como funciona satélite que promete conexão para monitorar fazendas sem wi-fi

Conexão aonde quer que você estiver. É o que propõe um satélite criado por uma equipe do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG). O projeto conquistou o 1º lugar na Olimpíada Brasileira de Satélites (OBSAT) nesta quarta-feira (6) em Natal, no Rio Grande do Norte (RN).

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Entenda como funciona satélite criado em MG que promete conectividade pra monitorar fazendas sem wi-fi ou sinal de celular

Inatel

A equipe é formada pelos estudantes Matheus Reno Torres e Arielli Ajudarte da Conceição, do curso de Engenharia de Telecomunicações, sob orientação do professor Evandro César Villas Boas.

🛰️ O CubeSat, como é denominado os pequenos satélites, propõe conectividade via Internet das Coisas (IoT) em áreas remotas. Ou seja, o estudo busca compreender as conexões baseadas em nanossatélites para grandes distâncias territoriais.

“A ideia é ter fazendas para monitoramento do plantio, para medições de temperatura, PH do solo para os agricultores. [...] Para proporcionar que o agricultor consiga acessar estes dados, independente se a região onde ele esteja tenha conexão. Com um módulo IoT em uma fazenda, seja ela sem conexão wi-fi ou sinal de celular, é possível captar os dados ao conectar esses módulos inteligentes a um módulo que possui internet”, explicou a pesquisadora, Arielli Ajudarte.

De acordo com os pesquisadores, o CubeSat deverá funcionar como um retransmissor de dados, ou seja, um repetidor de sinal.

"Ele [produtor rural] não precisaria contratar um pacote [de internet] para mandar os dados da colheita dele para nuvem. Então, o Cubesat serviria para fornecer esta conectividade para os módulos que estão no solo, fazendo o sensoriamento. Depois, o Cubesat mandaria para a internet e estes dados chegariam na nuvem", contou o professor Evandro César Villas Boas.

Entenda como funciona satélite que promete conectividade para monitorar fazendas sem wi-fi ou sinal de celular

Inatel

Além de auxiliar na questão de conectividade, a proposta do satélite criado pelos estudantes do Inatel é ajudar os produtores a melhoraram a produtividade e qualidade de seus produtos.

"[A tecnologia] é uma ferramenta importante, porque com ela você consegue monitorar a saúde do solo, a saúde das plantas e retirar informações importantes que podem ser úteis, como saber se está na hora de colocar algum fertilizante no solo. E um dos obstáculos no Brasil para implementar tecnologia no campo é a falta de conectividade", enfatizou o professor.

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🛰️ Como foi produzido?

O CubeSat apresentado pela equipe foi produzido em alumínio aeronáutico, com encaixes, um circuito e transmissor, com placas do módulo sensorial modernas, além da inserção de um GPS e uma antena de material retrátil.

Satélite produzido pelo Inatel ganha Olimpíada Brasileira de Satélites

Inatel

"A estrutura foi feita em alumínio 70x50, isso foi pedido pela própria organização. Antes, na terceira fase, a estrutura em 3D. Além disso, eles pediram para que fosse uma antena flexível para que não atrapalhasse, não prejudicasse em nada o processo de instalação no foguete. Além disso, ele tem três placas de módulo sensorial", disse Arielli.

🛰️ O que são satélites?

Os satélites surgiram para conectar todo o mundo. Essa tecnologia é uma das grandes responsáveis pela comunicação de rádio e TV para todo planeta, bem como pela globalização.

Além dos satélites gigantes, existem os equipamentos em miniaturas, também chamados de Cubesat. A intenção destes nanossatélites é ajudar as universidades a exercerem as atividades práticas de exploração científica do espaço.

Satélite criado por estudantes do Inatel ganha Olimpíada Brasileira de Satélites

Inatel

Segundo o Inatel, as ondas eletromagnéticas de um satélite possibilitam, por exemplo, a comunicação via sinal de internet, de TV, além de diversas informações e monitoramentos de dados que podem ser distribuídos para todo o mundo.

“As tecnologias óticas e aeroespaciais, combinadas às tecnologias digitais, fazem com que a rede via satélite se torne cada vez mais atraente às verticais de inovação e próximas das demais redes de comunicação no país. Nos próximos anos, possivelmente com a introdução do 6G, presenciaremos uma rede única, que contará com dispositivos terrestres, dispositivos móveis e via satélite, que integrarão a comunicação de todo e qualquer usuário.”, explicou Carlos Nazareth Motta Martins, diretor do Inatel.

🛰️ Como foi a competição?

A OBSAT foi promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Cada projeto inscrito na Olimpíada possui uma missão de monitoramento que, além de propor a solução de problemas reais, ainda precisam atender diversos protocolos, a fim de difundir a cultura aeroespacial.

Na categoria “graduação”, quatro equipes foram classificadas para essa 4ª e última disputa, sendo o Inatel a única instituição Mineira do país na competição.

A primeira etapa aconteceu em 2021. Os estudantes apresentaram o planejamento da prova de conceito. Em sequência, entre os anos de 2021 e 2023, construíram o protótipo e lançaram o satélite na estratosfera.

Estudantes do Inatel ganham Olimpíada Brasileira de Satélites

Inatel

A equipe do Sul de Minas foi a melhor colocada, dentre os competidores de todos os níveis escolares e regiões do país. Ela chegou na disputa com mais de 10 pontos de vantagem e conquistou o primeiro lugar.

🚀 Nesta sexta-feira (8), os estudantes lançarão às 15h o satélite em um foguete que seguirá o primeiro voo espacial orbital da competição.

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FONTE: G1 Globo


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