Agência ambiental dos EUA propõe medidas para reduzir exposição a esterilizante cancerígeno

11 abr 2023
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A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, sigla em inglês) propôs nesta terça-feira (11) medidas para reduzir a exposição ao óxido de etileno (ETO), substância química muito usada para esterilizar equipamentos médicos e que descobriu-se que aumenta o risco de alguns tipos de câncer.

"O ETO é usado para esterilizar cerca de 20 bilhões de instrumentos médicos por ano e atende a uma necessidade crítica da indústria médica", declarou Janet McCabe, administradora adjunta da EPA. "Mas a exposição prolongada ao mesmo pode ter consequências nocivas na saúde, incluindo certos tipos de câncer."

Segundo o Union of Concerned Scientists, a exposição prolongada ao ETO aumenta o risco de linfoma não Hodgkin, mieloma, câncer de glóbulos brancos e câncer de mama em mulheres.

Para reduzir a exposição ao ETO, a EPA informou que está propondo normas mais estritas sobre emissões atmosféricas sob a Lei do Ar Limpo, bem como proteções adicionais aos trabalhadores expostos à substância. Neste sentido, pediu requisitos de controle de poluição mais estritos para 86 instalações de esterilização comercial em todo o país, que reduziriam as emissões de ETO em 80%.

Os complexos de saúde teriam que informar os resultados à EPA duas vezes por ano e cumprir os novos requisitos em um prazo de 18 meses a partir da sua entrada em vigor.

A EPA também propõe novas salvaguardas para proteger os trabalhadores que usam o ETO para esterilizar produtos, e também se proibiria o uso da substância em certos locais, como museus, onde existem métodos alternativos de esterilização.

As propostas da EPA ficarão abertas para comentários públicos por 60 dias e devem ser finalizadas em 2024, segundo a agência.


FONTE: Estado de Minas


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