Presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho renuncia

22 jun 2023
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O presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), Francesco Rocca, renunciou ao cargo, após uma polêmica na Itália, revelou a agência de notícias suíça Keystone-ATS nesta quinta-feira (22).

Essa renúncia foi anunciada internamente, informou a Keystone-ATS, com base em diferentes fontes.

Rocca, que também é presidente da região do Lazio (centro), cuja principal cidade é Roma, permanecerá na posição até que uma assembleia-geral extraordinária eleja seu sucessor, disse um porta-voz da Keystone-ATS.

Questionada pela AFP, a FICV ainda não respondeu.

Como presidente de direita da região do Lazio, Francesco Rocca retirou seu apoio à marcha do orgulho na capital italiana, a Roma Pride.

Em um comunicado, declarou que o nome da região "não pode ser, e nunca será, usado para apoiar ações que buscam promover comportamentos ilegais", especialmente a barriga de aluguel.

O presidente da FICV afirma que sua decisão de renunciar não está particularmente relacionada a esse caso.

Em um e-mail aos 192 membros e ao secretariado, Rocca expressa, no entanto, sua "grande tristeza" e diz querer "proteger a organização". Diz querer evitar possíveis "manipulações" de suas decisões como presidente do Lazio que possam afetar a instituição internacional.

Rocca, de 53 anos, está em seu segundo mandato na direção da FICV, após ser reeleito em junho de 2022. Este ano, também foi eleito chefe da região do Lazio com o apoio da coalizão da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que defende os valores familiares "tradicionais".

O partido de extrema direita de Meloni, Fratelli d'Italia (Irmãos da Itália), propôs um projeto de lei que busca ampliar a proibição atual da maternidade por substituição para os italianos que procuram uma barriga de aluguel no exterior.

A região do Lazio considera que as posições públicas dos organizadores da Marcha do Orgulho em Roma, com apelos a favor dos direitos dos casais homossexuais para adotar crianças, ou ter acesso a tratamentos de fertilidade, assim como em favor da gestação de substituição, "violam as condições" para um possível apoio da região.

O prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, de esquerda, condenou a decisão da região do Lazio.


FONTE: Estado de Minas


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