Zelensky pede apoio sem divisões a ‘família europeia’ reunida na Moldávia

01 jun 2023
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O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu nesta quinta-feira (1º) aos líderes europeus que intensifiquem seu apoio a Kiev, em reunião de cúpula celebrada na Moldávia, pequeno país que também teme uma agressão russa.

Cerca de 50 líderes europeus se reuniram a 20 km da fronteira com a Ucrânia para enviar uma mensagem de apoio a estas duas antigas repúblicas soviéticas, enquanto um novo ataque aéreo atingia Kiev na madrugada de hoje, deixando três mortos.

Paralelamente, a Rússia afirmou que forças ucranianas haviam tentado invadir a região russa de Belgorod e atacado aquela área, principalmente a cidade fronteiriça de Shebekino.

Zelensky aproveitou a segunda reunião da Comunidade Política Europeia (CPE) para reforçar seus apelos pela adesão de seu país à União Europeia (UE) e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Cada dúvida que expressamos na Europa é uma trincheira que a Rússia tentará ocupar", afirmou. "Todos os países europeus que fazem fronteira com a Rússia e não querem que a Rússia tire um pedaço de seu território devem se tornar membros da Otan e da UE", enfatizou.

Em Oslo, Noruega, os ministros das Relações Exteriores da Otan discutiram hoje como responder aos apelos ucranianos por uma adesão à aliança militar transatlântica. Zelensky voltou a pedir aos seus aliados que proporcionem mais aviões de combate e sistemas de defesa antiaérea.

- Foto oficial -

A reunião de cúpula da CPE, celebrada no Castelo de Mimi, uma propriedade vinícola na cidade de Bulboaca, "mostrou que somos uma família forte e unida", afirmou a presidente da Moldávia, Maia Sandu, que também deseja entrar na UE.

Sandu disse que a cúpula da CPE foi uma "expressão clara da nossa unidade, da nossa força, da nossa determinação em agir (...) como uma única família europeia".

Assim como ocorreu na primeira reunião da CPE, no ano passado, em Praga, os líderes posaram para uma "foto de família", desta vez na ausência do presidente turco, Recep Erdogan, reeleito no último domingo.

O registro busca simbolizar o isolamento do presidente russo no continente. O local escolhido não foi por acaso, a poucos quilômetros da Transnístria, região separatista moldava pró-Rússia.

- Mensagem contra a guerra -

"Queremos enviar uma mensagem firme de união contra a guerra de Putin na Ucrânia", ressaltou o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez.

A Rússia de Putin se excluiu desta comunidade ao lançar a guerra contra a Ucrânia", disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. "Espero que a presença de tantos líderes aqui, tão perto da Ucrânia, envie uma mensagem forte sobre a união de muitos Estados, não apenas da União Europeia, para defender a ordem internacional."

A CPE, que reúne mais países do que a UE (20 foram convidados, além dos 27 membros do bloco), foi uma ideia do presidente francês, Emmanuel Macron. A comunidade reúne Estados com perfis e trajetórias diferentes, como Armênia, Bósnia, Kosovo, Macedônia do Norte, Geórgia, Islândia, Noruega, Suíça, Turquia, Reino Unido, Sérvia, Ucrânia, Andorra, Liechtenstein e San Marino.

A CPE também é uma oportunidade para discutir questões bilaterais. Neste sentido, Macron e o chanceler alemão, Olaf Scholz, reuniram o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, e a presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, em uma tentativa de reduzir a tensão naquela região.

Os dois líderes organizaram, ainda, uma reunião entre os dirigentes de Armênia e Azerbaijão, para avançar nas negociações pelo fim do conflito entre estes dois países, que vivem uma disputa de três décadas pelo controle da região caucasiana de Nagorno-Karabakh, localizada no Azerbaijão e habitada, principalmente, por armênios.

"Nossa Europa precisa resolver conflitos, é uma necessidade para a nossa segurança coletiva", comentou Emmanuel Macron, afirmando que a segunda reunião de cúpula da CPE havia "mostrado a força deste formato".

A terceira cúpula da comunidade está prevista para outubro, na Espanha, e a quarta, para o primeiro semestre de 2024, no Reino Unido.


FONTE: Estado de Minas


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