Sob novo comando, Twitter demora a agir contra conteúdo enganoso em eleições nos EUA

09 nov 2022
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Grupo de vigilância de redes sociais disse que o Twitter não adotou nenhuma medida contra postagens problemáticas sobre eleições de meio de mandato e diminuiu o tempo de resposta para questionamentos sobre conteúdo. Logo do Twitter e página de Elon Musk na rede social.

REUTERS/Dado Ruvic

Especialistas relataram a disseminação de conteúdo enganoso no Twitter e outras redes sociais na terça-feira (8), dia das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos e quatro dias após o Twitter demitir metade de sua equipe.

O grupo de vigilância apartidário Common Cause disse que o Twitter não tomou nenhuma ação em postagens de perfis que a organização sinalizou como problemáticas na terça-feira.

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As eleições para o Congresso dos Estados Unidos representaram um novo teste para plataformas, que tentam balancear liberdade de expressão e comentários potencialmente prejudiciais. As políticas do Twitter permitem restrição de desinformação, mas a aplicação da regra tem sido irregular.

Além disso, a mudança no comando colocou a companhia sob os holofotes. No final de semana, Elon Musk, novo dono da rede social, tuitou uma recomendação de votos em candidatos republicanos.

Vozes da direita americana foram às redes sociais na terça-feira culpar falsamente os democratas por supostas falhas de votação em alguns lugares.

A Common Cause disse que postagens no Twitter dos candidatos republicanos Marjorie Taylor Greene e Kari Lake deveriam ter recebido rótulos de advertência sob a política de integridade cívica da rede social, que trata de tuítes enganosos sobre eleições. As postagens de Greene e Lake atraíram dezenas de milhares de curtidas e compartilhamentos.

O grupo também observou uma "grande desaceleração" no tempo de resposta da rede social desde sexta-feira (4), quando as demissões acabaram com muitas das equipes da empresa responsáveis ​​por destacar informações confiáveis.

O Twitter "não responde além de dizer que eles está investigando algo, e depois some por dias", disse o grupo, observando que o tempo de resposta da empresa normalmente era de uma a três horas.

A rede social, que perdeu muitos membros de sua equipe de comunicação nas demissões, não respondeu aos pedidos de comentários.

Antes de terça-feira, tanto Musk quanto o chefe de segurança e integridade do Twitter, Yoel Roth, escreveram que a empresa defenderia e aplicaria suas políticas de integridade eleitoral durante o pleito.

A discussão no Twitter na terça-feira se concentrou em problemas reais de votação em Estados com corridas monitoradas de perto, como Arizona, Geórgia, Michigan e Pensilvânia, de acordo com grupos de pesquisa que estudam informações eleitorais online.

A atividade aumentou depois que comentaristas populares no Twitter atribuíram os problemas – sem fornecer evidências – a supostas tentativas dos democratas de não deixarem eleitores republicanos votarem, de acordo com a Election Integrity Partnership, uma coalizão de empresas de pesquisa.

Autoridades eleitorais no condado de Maricopa, no Arizona, disseram que os problemas enfrentados na terça-feira não afetariam a contagem de votos, enquanto autoridades do condado de Luzerne, na Pensilvânia, estenderam o horário de votação como compensação.


FONTE: G1 Globo


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