Kim Petras tenta transformar The Town em pista de dança, mas é ignorada por fãs de Bruno Mars

10 set 2023
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Popstar alemã, primeira cantora trans a chegar ao topo das paradas, levou pop dançante com letras safadas ao festival paulistano neste domingo (10). Kim Petras se apresenta no The Town 2023

Luiz Gabriel Franco/g1

Kim Petras mostrou neste domingo (10) que só quer dançar e fazer os outros dançarem. A primeira cantora trans a chegar ao topo das paradas americanas foi uma das poucas atrações que fizeram sua estreia no Brasil com show no The Town. A popstar alemã tem 31 anos, sendo 17 deles dedicados ao pop dançante.

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Ela tentou transformar o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, em uma enorme pista de dança. Mas não conseguiu. Reuniu uma plateia formada por poucos entusiasmados fãs dela na grade e muitos fãs de Bruno Mars. Eles observavam tudo sentados, fazendo selfies ou conversando sem parar.

Ao g1, Kim Petras havia dito que seu álbum de estreia, lançado em junho passado, "é sobre fazer o que você mais tem medo, mas você sabe que tem que fazer". "Pra mim, isso é fazer as maiores e mais ridículas canções pop."

O show combina com as ambições da cantora. São canções que puxam mais para EDM, a música eletrônica super comercial, com letras românticas e safadas. "Treat Me Like a Slut", "They Wanna Fuck" e "Superpower Bitch" dizem a que vieram já em seus títulos. Os versos são cantados por cima de uma base com batidas e coros. Ela não tem banda de apoio, não troca de figurino e conta apenas com dois casais de dançarinos.

Kim faz pop sem medo de ser exagerado e divertido, como é o caso de “Unholy”, o maior hit da carreira dela, gravado com Sam Smith. Ele é deixado para a parte final, que tem ainda a colante "Heart to Break", a melhor disparada do repertório.

Outra bem dançante e engraçada, "Coconuts" começa com o microfone falhando. A falha técnica deixa claro que ela canta, sim, mesmo que acompanhada por vocais gravados. A letra é uma ode aos seus próprios seios: ela os compara com várias frutas e diz que, assim como elas, são feitas para se levar à boca.

Escolhida para abrir o show, “Alone” foi construída a partir de um feat com Nicki Minaj e de um sample de “Better Off Alone”. A canção traz a batida deste megahit eurodance gravado pelo grupo holandês Alice Deejay, em 1999. Kim cansou de dançar essa música em pistas de dança alemãs quando era mais nova.

Nos estúdios, ela trabalha com um time formado por alguns dos maiores produtores de música pop de hoje, incluindo Dr. Luke (Katy Perry), Cirkut (Maroon 5) e Max Martin, recordista de canções número um nas paradas.

O show, no entanto, carece de mais maturação e do mesmo cuidado que ela tem com sua discografia. Arranjos e coreografias são aquém do potencial dela. Por enquanto, a performance ao vivo ainda parece a de uma Britney Spears cover com muito tesão.

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FONTE: G1 Globo


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